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00:00 Speaker: Olá, Maple Bear! Bem-vindos a mais um Podbear, Pode Falar. Hoje aqui é um episódio super especial, mas eu vou deixar vocês descobrirem sobre o que vai ser o nosso episódio de hoje.
00:39 Speaker: Certeza que já descobriram, né? É isso mesmo. Hoje a gente está aqui para falar do nosso Hackathon. Terceira edição do Hackathon Marília. Aqui com os nossos queridos especialistas da For Education. Estamos aqui hoje com o Alexandre. Bem-vindo, Alexandre. Olá. Com a Sandra. Oi, gente. Prazer ter você aqui, Sandra. E com o Gustavo, que está tocando lindamente para a gente toda essa semana. Obrigado, Gustavo. Valeu, muito obrigado. Obrigado pela oportunidade desse encontro.
01:08 Speaker: Que bacana ter vocês aqui. Terceira vez, Hackathon Marília. Vamos esclarecer primeiro para quem está nos ouvindo, para alguns pais, algumas crianças que estão com a gente. O que é o Hackathon? Vamos contextualizar um pouquinho da nossa maratona. Como que a gente traz o Hackathon para a Maple Bear Marília já pelo terceiro ano? E quais são as etapas que a gente vai ter durante essa semana aqui de maratona?
01:33 Speaker: Eu acho que, para falar até mesmo da denominação Hackathon, eu vou pedir para o Alexandre fazer essa fala e depois eu falo das etapas, porque eu acho que ele tem aí um jeito bem especial de envolver os estudantes. Eu acho que é legal ele fazer essa palavrinha. Pode falar, Ale. Vamos lá. O Hackathon é uma formação de duas palavras, de hacker.
01:56 Speaker: de hackear e tom de maratona. Então, é uma maratona hacker. Essa maratona hacker é uma maratona que nasceu nas grandes empresas de tecnologia, quando eles precisavam resolver um problema em curto espaço e eles faziam essa maratona para conseguir... programar algo em tempo recorde, em tempo muito rápido, e que tinha um envolvimento de maratonar, que eram três dias à base de comida e refrigerantes e energéticos, e eles tinham que resolver um problema. E essa ideia nasceu nas grandes empresas de tecnologia e nós trouxemos essa ideia para as salas de aula, onde nós vemos que o futuro da educação tem a ver com o profissional do futuro. Esse profissional engajado, esse profissional que sabe resolver problemas, esse profissional que aguenta uma maratona para conseguir desenvolver habilidades muito importantes para o século XXI.
02:53 Speaker: totalmente ligado aqui à nossa metodologia, a Maple Bear, essa questão da resolução dos problemas. Só não vamos ter o energético e os refrigerantes. Mas está tudo bem. Sandrinha, você ia complementar? Eu queria muito falar sobre a importância que o Hackathon traz para a educação, principalmente porque a gente vem reforçar as habilidades e competências que já são aprendidas em sala de aula. Então, quando a gente pensa que todo o processo que essas crianças passam no design thinking, passam pela parte da prototipação e do pitch...
03:22 Speaker: São etapas que são desenvolvidas de acordo com as habilidades que eles vão desenvolvendo. Então, a gente vai percebendo de ano a ano que eles vão melhorando. Então, a criança que o ano passado não conseguiu falar num pitch, possivelmente esse ano ela já vai estar se sentindo mais preparada. E para a gente é muito importante entender que...
03:39 Speaker: O Hackathon é um processo, a gente conseguiu trazê-lo para a educação, como a Lê falou, o Hackathon não é uma marca exclusiva, é um método, uma metodologia, e aí a gente conseguiu adaptar para as faixas etárias diferentes. Então, por exemplo, aqui na Maple, a gente está trazendo o Júnior, para as crianças de primeiro a terceiro ano, para a parte da manhã, a gente conseguiu juntar de primeiro a quinto ano com o Kits, e a gente tem o Hackedu, todos eles preparados para a sua faixa etária.
04:08 Speaker: Óbvio, é uma maratona, então eles têm que exercitar o cérebro, têm que trabalhar habilidades que eles não estão tão habituados, mas a gente sente que esse é o momento da gente... incluir isso, fazer com que eles cresçam, com que eles se desenvolvam. E é óbvio, a gente tem a parceria com os professores, com a gestão da escola, que compreendeu que é um projeto interessante e que realmente a gente percebe que mais à frente, principalmente porque a gente aplica em outras instituições, inclusive tem instituições que já fazem há mais de 10 anos, então as crianças já estão na faculdade, eles voltam para contar a importância que aquilo causou na vida deles.
04:48 Speaker: Então, falar em público é um desafio, a gente sabe. Tem adulto que não consegue falar, que tem dificuldade. Então, quanto mais a gente for treinando... melhor eles vão se desenvolver. Então, acho que para a gente que vem aplicar Hackathon, sempre é uma grata surpresa, principalmente porque as crianças aqui são realmente muito carinhosas, estão se esforçando para fazer o projeto. Os próprios professores que participaram, inclusive, de uma formação para entender melhor o processo, também estão super envolvidos. Então, a escola respira Hackathon nesta semana. Então, para a gente que está muito habituado a levar para muitas, é muito gostoso participar.
05:26 Speaker: Eu vejo que é uma coisa muito interessante que o Hackathon traz a aplicação de conhecimentos. Então, acaba que você sente vontade se um desafio é um desafio a respeito de meio ambiente. Você vai querer entender quais são as soluções ecológicas, o que é sustentabilidade, como de fato... Então, você vai aprender conteúdos para você chegar em uma solução. E tudo começa com uma pesquisa. A gente conduz um processo de pesquisa, orienta esse processo. Então, tem uma profundidade para chegar em um resultado. Então, é muito interessante. Isso tudo acaba tendo uma dinâmica. É dinâmico, não é? É uma dinâmica muito viva. E até vou pegar um pouquinho da sua fala, que a gente percebeu até nas crianças, que é assim...
06:07 Speaker: Eu preciso aprender a trabalhar em equipe, então eu preciso ouvir o outro, preciso escutar a opinião do outro, se é difícil. Trabalhar em grupo é uma coisa muito difícil. O Hackathon corrobora para essa questão das habilidades, que a gente tem que desenvolver essas habilidades sociais, essas habilidades que as crianças vão ter que levar para o futuro. Hoje em dia a gente caminha para um futuro profissional ainda. Os soft skills são cada vez mais importantes.
06:36 Speaker: e como você trouxe aí o Hackathon como metodologia, não só essa questão do protagonismo, do pesquisar, do sintetizar, vou falar um pouquinho disso daqui a pouco, mas de desenvolver essas habilidades sociais, essa questão do falar em público também, muito importante tudo isso que casa com o que a gente constrói aqui dentro da metodologia Maple Bear também. Falando um pouquinho ainda do processo, a gente está falando dessas habilidades sociais aqui, vamos voltar um pouquinho lá na formação.
07:05 Speaker: Formação de grupo. Como vocês acham que essa formação de grupo com diferentes faixas etárias, tirando as crianças um pouquinho dessa zona de conforto do meu amigo de sala, aquele coleguinha que eu estou ali convivendo todos os dias, essa... Esse mix ali de crianças de diferentes salas, de faixas etárias diferentes, com professoras diferentes nessa semana, mediadores diferentes, o que isso agrega para todas essas habilidades, para essa educação do futuro que a gente está falando aqui? A grande importância disso, Aline, é realmente essa vivência real de um mundo que não é...
07:45 Speaker: por faixa etária, não é todo mundo de 6, 7, 8, e assim, essa mistura de ideias, essa diversidade importantíssima no mundo atual, a diversidade de ideias, a diversidade de idade, a diversidade de pensamento, de cultura, que dentro de uma sala de aula, dentro de um hackathon, ela permite que as crianças, com o seu repertório, consigam dar ideias, e essas ideias não importam a idade, porque uma ideia...
08:14 Speaker: É uma ideia. E isso faz uma diferença enorme, porque às vezes eu vou contar assim, parece que os pequenininhos sabem mais ou menos aquela ideia. Ah, eles sabem menos. E às vezes é de um pequeno que vem uma ideia genial que vence um hackathon. Como a gente viu hoje, a melhor ideia é uma fusão de várias ideias, independente da idade de que ela está chegando. É muito bonito quando a gente reúne crianças de diferentes faixas etárias, porque elas são muito interessantes como os mais velhos acolhem os mais novos.
08:44 Speaker: ganham um outro tom na comunicação. Não é aquela intimidade de passar com os colegas de sala de aula, que tem aquela bagunça deles. Já tem uma cultura dessas amizades. E é muito bonito perceber eles lidando com a diversidade do colega, que é mais novo, que é de outra turma. E eles se respeitam, e eles têm que praticar. É muito interessante. Essa diversidade de ideias é uma riqueza. E é engraçado que...
09:13 Speaker: Você vê a responsabilidade do mais velho em gerir o processo dos menores. Então, acho que isso também é um ponto muito importante, porque, assim, ok, eu estou no quinto ano, mas eu preciso aprender a escutar os outros, tentar acolher as ideias. Eu não posso fazer tudo sozinho, porque é comum que os mais velhos achem que os menores não têm condições.
09:35 Speaker: Então, querem sair fazendo. Então, quando a gente coloca as funções nas equipes, exatamente para mostrar para eles que, dentro de uma equipe, nós unimos forças. Cada um tem as suas habilidades e essas potencialidades é que podem fazer com que eu ganhe a maratona. Só que, para isso, eu preciso enxergar o outro. É um processo. Exato, é um processo. Voltando um pouquinho ao tema desse ano, quando a gente pensou em Smart School,
10:01 Speaker: quando saber encontrar tecnologia e como podemos trazer a tecnologia para dentro da nossa escola para aprendermos mais, melhor, de forma segura, ética e responsável. Como que vocês, especialistas dessa área, veem a relevância desse tema nos dias atuais para fazer com que essas crianças, nessa faixa etária que a gente acabou de tratar aqui, comecem a pensar sobre isso, comecem a refletir sobre isso? Eu, como professor...
10:30 Speaker: Eu entendo que as ferramentas de IA, elas são, conforme o nome, ferramentas. E uma ferramenta é algo que, no nosso dia a dia, ela nos ajuda muito. Melhoram no tempo, na qualidade. Eu vou dar um exemplo de... Os primatas comiam com as mãos e aí eles precisam de ferramentas para não contaminar o alimento. Essas ferramentas, garfos e facas, hoje, no dia a dia, que a gente usa, a gente...
10:58 Speaker: Ele não serve simplesmente para cortar, para pegar os alimentos, mas sim foram ferramentas que eram para não contaminar o alimento, então essa ferramenta era útil. E aí, quando a gente fala de ferramentas, e os alunos e professores e pais, às vezes pensam, puxa vida, a IA vai acabar, a IA vai deixar as pessoas sem a capacidade. Então, eu falo da ferramenta faca e garfo. A gente usa a faca.
11:23 Speaker: para cortar alimentos. Mas tem gente que usa faca de uma maneira não adequada. Nós aqui do colégio, nós aqui da For Education, que é uma partner Google, nós pensamos muito em como usar uma ferramenta de maneira adequada. Então, o uso da ferramenta tem a ver com quem usa e não se ela é boa ou se ela é ruim. Porque sempre tem essa, ah, mas aí é boa e é ruim. Não é se ela é boa ou ruim, ela é útil.
11:45 Speaker: E muito útil. E quando a gente vê crianças que têm uma mente mais aberta, elas pensam de uma forma tão interessante, tão criativa, que eles vão além do que a gente pode imaginar. Então, a gente dá um desafio para eles. Eles viajam, mas eles viajam com um objetivo em mente. Eles precisam resolver esse problema e eles vêm com ideias incríveis. Só para complementar, quando a gente vem com uma questão tão complexa...
12:12 Speaker: para uma faixa etária pequena, a gente precisa ensinar a eles como é que eu penso sobre o problema. Então, a gente costuma pegar a pergunta e quebrá-la em três partes. Eu preciso entender o que é ética, preciso entender o que é segurança e preciso entender o que é essa responsabilidade. Então, quando a gente está lá conduzindo o DT, esse é o processo que a gente precisa ensinar.
12:33 Speaker: Quais são as fatias que eu preciso olhar para entender o problema e para poder responder de forma correta? Porque não é só responder a pergunta. E depois que eu responder a pergunta, que eu encontrar qual é o problema que eu vou resolver, a gente ainda tem uma outra etapa, que é como eu vou fazer de forma diferente, criativa. Porque eu tenho que fazer diferente do meu colega. Eu posso pegar, eles não precisam inventar. Eles não precisam inventar nada do zero, mas eu posso pegar algo que já existe.
13:02 Speaker: colocar algo a mais. Qual que é o meu diferencial? Cerejinha no bolo. Exato. Então, assim, isso para eles é um desafio muito grande, porque quando eles descobrem que, ô, eu achei a solução, é isso aqui. Aí a gente chega e fala, tá, ok, só que isso já existe? Puxa, existe. Então, o que você faria a mais? O que pode melhorar? E é onde a gente vai fazer o plus, porque a gente sabe que, infelizmente, o Brasil acabou pegando uma classificação muito ruim em termos de criatividade. Então, quando a gente começa a exercitar, é um trabalho de formiguinha.
13:36 Speaker: Por quê? Eles estão muito habituados com o eletrônico, com a tecnologia, com a televisão. Então, eles acabam que vão perdendo esse processo. Então, é um resgate que a gente traz nesse projeto. Eu tenho que resolver, sim, com forma inovadora, mas também tem que ser criativa. Então, eu estou trazendo a tecnologia e a criatividade dentro do processo. Isso é difícil.
13:57 Speaker: Porque, quando eles chegam lá, é como se eu estivesse encostando no pote de ouro. Cheguei, alguém vai lá e leva. Agora está lá na outra ponta, vai atrás. E eles chegam, não é, Sandra? Eles chegam através da pesquisa, chegam através da colaboração. E das entrevistas. Porque, quando eles saem para entrevistar, na verdade, eles fazem lá as três boas perguntas. Quando eles saem para entrevistar, eles não sabem o que vai vir de resposta. Quando vem a resposta, eu preciso olhar de novo.
14:25 Speaker: Aí volto para a pesquisa outra vez. Será que essa pessoa que foi entrevistada está me trazendo algo que eu não sabia? E aí eu tenho que ir atrás novamente. Então, a gente sempre fala que dentro do processo do design thinking, ele cresce, aí você pega um pedacinho dele. Diminui de novo. Cresce outra vez. Ou seja, eu vou sempre expandindo, inflando esse processo para eu aprender. Então, é muito legal que a gente tem lá dentro do DT qual é o problema que você vai resolver. Porque a pergunta e o tema é único. Mas, dentro desta pergunta, a gente tem vários probleminhas. Então, eu escolho qual é o problema que eu vou resolver. E é isso que vai diferenciar um grupo do outro e trazer propostas diferentes. Exato.
15:06 Speaker: Sim, foi bom esse processo de... A gente está falando muito com as crianças sobre educação e tecnologia e, no processo de a gente contribuir com o processo criativo, a gente fala sobre onde você usa tecnologia no seu cotidiano. Você já aprendeu alguma coisa usando tecnologia? Porque, às vezes, não fica tão claro, é meio abstrato, e aí é muito interessante perceber. Ah, minha mãe não deixa muito eu ficar muito na tela. Minha mãe não deixa eu usar. Então, existe uma... Com os mais novos, é uma característica da comunidade, essa preservação das crianças com uso consciente, moderado, regulado. Isso, inclusive, eles perceberam como um problema identificado.
15:44 Speaker: Então, é muito legal eles perceberem e falarem... Eu falei, mas por que sua mãe não deixa você usar muito tempo? Ah, daí um outro menino falou, porque senão fica lelé. Ele falou assim, porque senão fica lelé, perde inteligência. Eu falei, então, olha que legal. Como é que a gente consegue usar com moderação? E aí eles entendendo a relação da tecnologia na vida deles, mas a serviço de um processo de aprendizado. E aí é muito...
16:10 Speaker: um grupo falando que não gostava de jogos educacionais porque era chato. Falei, então, como é que a gente faz um jogo legal educacional? Ah, não sei o quê. E aí eles vão trazendo ideias e refletindo, de fato, porque a tecnologia, às vezes, está tão presente no nosso dia a dia, falando de tecnologias digitais, a gente está falando aqui, está tão presente no nosso cotidiano que a gente nem percebe, nem percebe que... Que aquilo é tecnologia, para eles, principalmente. É meio que espontâneo. Então, é legal esse processo de eles entenderem um pouco o seu...
16:39 Speaker: o seu cotidiano e onde estão essas ferramentas e esses aplicativos. Porque eles são nativos digitais, mas não são fluentes digitais. Você trouxe uma palavra que acho muito importante, que é a reflexão. A gente está fazendo com que, nessas idas e vindas durante o processo do design thinking, que eles façam a reflexão. Será mesmo que eu tenho que ir por esse caminho? Será mesmo que eu posso fazer desse jeito? E é legal porque eles começam a se escutar.
17:08 Speaker: E eu acho que é legal também, porque eu tenho a minha ideia, mas eu não sou uma equipe sozinha. Então, a gente sabe que os maiores agora começam. Não, agora a gente já tem que fazer a prototipação, a gente tem que programar. Eles estão loucos para programar. Amanhã é o dia da programação, hoje não é ainda, mas amanhã é. E aí, assim, vamos resolver logo o que eu quero para a programação? Aí um fala, não, espera aí.
17:30 Speaker: A gente só pode ir para a programação se a gente resolver o problema. E aí o que acontece? Às vezes entro nos grupos e digo, olha, vou fazer de conta que eu sou avaliador. A rubrica está na minha cabeça. Posso dar algumas sugestões? E eles escutam e eles percebem. Aqui vocês colocaram duas pesquisas, mas elas estão sem fonte de pesquisa. Google não é fonte de pesquisa. Google é um navegador. Tem que voltar aqui e tentar... Ajustar a rota. Ajustar a rota. E aí eles falam, mas tem que voltar? Tem, porque se você não voltar, você não está indo a favor da sua rubrica. Porque a rubrica de avaliação é o que a gente vai usar e os avaliadores também. Eles vão se pautar nisso para poder dar uma nota. E aí eles entenderam isso hoje quando eu falei, muito bem, você se...
18:14 Speaker: fizeram três entrevistas, mas, olha, são com perfis diferentes. Perfis? Sim, são pessoas diferentes. Eu não posso entrevistar três professores. E a gente vai ter que voltar para fazer uma. Vamos falar um pouquinho, então, do pitch. A gente pode dizer que o pitch é a grande apoteose da semana, do projeto, depois de toda essa reflexão, dessa pesquisa, dessa troca de ideias, solução encontrada, protótipo feito. A gente tem que ir para esse pitch fazer essa apresentação. E aí eu queria que vocês falassem um pouquinho da importância, no momento do pitch, de a gente ter pessoas ali...
18:55 Speaker: jurados ou pessoas que estão cuidando dessa rubrica, que estão avaliando através dessa rubrica, de não serem só pessoas da casa, de não serem só pessoas com quem eles estão habituados a conviver aqui na comunidade escolar, a professora, o assistente, a coordenadora, mas de ter um olhar externo, um convidado externo, uma pessoa com quem provavelmente eles nunca tiveram contato. Como que é isso para as crianças e como que a FOR pensou tudo isso? Os avaliadores são pessoas...
19:24 Speaker: que não podem ter se envolvido no processo de forma alguma, porque a gente tem que pensar que não pode ter interferência, ou seja, a gente, eu sempre brinco, eu não posso avaliar ninguém, porque a gente vai pegando carinho por cada um deles, e eles são crianças ainda, então é óbvio que, mesmo quando eles têm uma rubrica, tem todo um processo de apresentar, falar para outras pessoas, contar para uma pessoa, e eu sempre falo, a gente tem um roteiro.
19:52 Speaker: Mas não são todas as crianças, embora a gente esteja desenvolvendo essas habilidades, que estão prontas para falar. Então, às vezes, você vai ver, eu vou fazer uma abertura aí no dia do pitch e eu falo muito isso. A gente que é pai, que é mãe, a gente quer que o nosso filho fale. Mas pode ser que ele ainda não esteja naquele momento para estar desenvolvendo essa habilidade. E está tudo bem, faz parte do processo. Pode ser que ele não fale, esse ano, mas o ano que vem ele vai falar. Isso não quer dizer que ele nunca vai falar.
20:20 Speaker: O que a gente mostra para eles é que é importante a gente contar o que a gente descobriu. Então, por trás, o que a gente trabalha com eles é isso. Aquela pessoa que está sentada ali, ela não conhece o seu processo. Ele quer saber como é que você resolveu. Então, vocês só vão contar. É claro que a gente tem um tempo, eles têm lá um minuto e meio para poder apresentar a solução. A gente traz todo o processo como se fosse adulto para as crianças. Sandra, falando nesse respeito ao tempo da criança, ao desenvolvimento de cada um, e pensando nessa mente sintetizadora, me veio o Gardner aqui na cabeça, o cientista das inteligências múltiplas. Recentemente, ele escreveu o Five Minds for the Future, que são...
21:04 Speaker: cinco mentes do futuro, e uma dessas mentes novas, esses novos estudos do Gardner, é a mente que sintetiza, é a mente sintetizadora. Então, talvez, nesse momento, ali no grupo, a gente tem uma mente ou duas que conseguem sintetizar em um minuto e meio cinco dias de trabalho, para apresentar tudo isso em cinco dias de trabalho.
21:27 Speaker: E a gente sabe que todos vão atingir esse potencial dessa mente sintetizadora. Mas é isso mesmo que acontece na Fora, pensando no desenvolvimento dessas habilidades que hoje a gente tem que dar conta de muitas informações num curto período de tempo e trazer essa mente sintetizadora, fazer o processo, enxugar esse processo. Eu falo muito, a gente estava falando até hoje, que o meu objetivo de fazer a Hackathon é o estudante. Meu foco é ele.
21:56 Speaker: Eu trabalho para desenvolver aquela criança. Então, todas as vezes que eu vejo uma criança se desenvolver bem num pitch, eu digo, poxa vida, que legal que ela conseguiu. Mas eu sei que, às vezes, essa mesma que está no pitch não foi aquela que desenvolveu a menor DT. Por quê? Por isso que a gente junta nas equipes as habilidades.
22:16 Speaker: Então, eu tenho naquela equipe alguém que eu sei que vai falar bem. E pode ser que, durante o processo, ele consiga fazer um bom processo de pesquisa, ele consiga ter desenvolvido isso. E aí é legal porque os professores que estão junto desse estudante também conseguem fazer essa avaliação. Nossa, eu posso melhorar isso em sala de aula. Eu posso fazer esse estudante crescer. Então, por isso que é um processo, eu digo que o Raca torna um projeto vivo. Ele vai acontecendo com a escola e todo mundo participa desse processo.
22:45 Speaker: O pitch é importante? Ele é, mas ele é só um pedaço. Quando eu penso no processo pedagógico, eu não posso matar nenhuma das etapas. Por quê? Porque eu tenho que premiar as habilidades que cada um está envolvido. E tudo bem. É muito bonito esse processo de valorizar o que cada um tem de habilidade. E quando a gente participa como professor de um conselho escolar, por exemplo, a gente percebe claramente que não existe nenhuma criança que não tem nenhuma habilidade. É muito bonito você juntar os educadores para conversar. Nós, educadores, acreditamos nisso. É fantástico. Então, acho que essa ansiedade, às vezes, meu filho não falou. Eu acho bonito você pontuar isso. Eu tenho um exemplo, quando eu era criança, eu era criança extremamente tímida.
23:29 Speaker: Eu era uma criança que me enfiava atrás. Sabe quem agarra a perna da mãe e não olha no olho de ninguém? Ela fala, olha, Gustavo, amiga da mãe. Nossa, eu agarrava e a mãe ficava muito irritada comigo. Mas é interessante, hoje eu sou palhaço, ator, palestrante, enfim, educador. Eu não tenho problema nenhum em falar em público, mas eu era extremamente tímido. E eu não sei, não existiu, ninguém me pressionou a isso. Naturalmente, eu fui crescendo e fui...
23:57 Speaker: aflorando e desenvolvendo minhas habilidades. E eu acho que essa paciência dos pais é muito importante, de entender que o filho vai amadurecendo, que o filho vai entendendo as suas habilidades e vai se desenvolvendo. E os grupos têm diversas habilidades e que o seu filho vai desenvolvendo gradualmente as suas habilidades. A gente até fala que quando tem um pitch, que é normal, a gente vai ficar nervoso, as crianças vão ficar nervosas. A gente não costuma forçar.
24:25 Speaker: Exatamente para não criar um trauma, porque, se a criança traumatizar, pode ser que ela nunca mais fale em público. Então, a gente toma muito cuidado com isso. Às vezes, a gente tira, troca a ordem do grupo para acalmar essa criança, para ver se ela quer falar, mas a gente não força. Porque, é claro, aquela história de a criança ficar muito exposta, pode ser que depois ela nunca mais queira falar. A gente tem que respeitar esse momento de cada serzinho que está ali.
24:51 Speaker: Eu lembrei de um assunto, de uma parte da maratona, que é a parte de programação. A gente estava falando de habilidades e como é uma maratona hacker, existe um momento que é a programação. E essa programação, a gente vê essa grande importância de aprender programação nos dias de hoje. Muitas coisas são programadas e que às vezes a gente nem dá conta, mas a gente...
25:18 Speaker: E quando a gente fala quem vai ser o programador, sempre tem aquele eu quero ser o programador. E tem aquele que falou não, não quero aprender a programar. E o que a gente tem como base? As pessoas aprenderam a ler e a escrever. Quando você aprendeu a ler, quando você aprendeu a escrever, você aprendeu a escrever para ser escritor? Não, mas ao ler e escrever ampliou muito o seu horizonte. É o que a gente pensa em relação à programação. A programação é algo que as pessoas deveriam aprender.
25:45 Speaker: Se elas serão ou não programadoras, a gente não sabe. Mas a importância de olhar o mundo, porque vai ampliar o mundo quando você vê qualquer coisa funcionando, entendendo que teve um algoritmo, que teve uma tomada de decisão, que teve algo programado, você olha o mundo de uma outra forma. Então, trazer a programação. Por isso, o Maratona Hacker, o Hackathon, é mais uma parte dessa maratona, dividido em três partes. O Design Thinking, a programação no protótipo.
26:13 Speaker: E a parte do pitch. Então, a maratona nessas três etapas, a gente trabalha muitas competências e habilidades importantíssimas. Perfeito. Vamos falar um pouquinho, então, a gente está quase encerrando, da importância curricular. Dessa maratona para as crianças, os nossos alunos ou os alunos em geral, as crianças em geral que participam de um hackathon e recebem esse certificado de participante da For Education, como que isso contribui para o futuro, talvez, desse estudante que daqui a pouco vai estar aqui com a gente no High School, vai estar participando talvez de outros hackathons e vão estar talvez com objetivos grandes aí, pode ser dentro da tecnologia ou não.
26:56 Speaker: Na verdade, é um diferencial, porque a gente percebe, claro, que todos nós aqui, para qualquer vaga de emprego, até mesmo para entrar em uma instituição escolar, você cria um currículo. E o Hackathon faz parte deste currículo. Ele hoje é reconhecido em muitas das faculdades de fora. A gente tem vários estudantes que fazem o Hackathon Startup, o Hackathon Edu, que acabam aplicando isso como uma indicação dentro das faculdades. Então, a gente hoje entende que ele é um transformador.
27:27 Speaker: Participar dentro desse processo é um diferencial aqui da Maple. E eu entendo que não só o diferencial, porque a gente está transformando vidas, mas também a parte profissional dessas crianças. Sem dúvida. E a gente fica muito feliz de conseguir estar nessa parceria com vocês e desenvolver todas essas habilidades, competências nas crianças e agregar a esse currículo, sem dúvida.
27:51 Speaker: Muito obrigada, Ale. Obrigada, Sandra. Obrigada, Gustavo, por terem aceitado o nosso convite. E trazerem essa tarde inspiradora aqui para a gente. Tenho certeza que quem ouvir esse podcast vai ganhar em conhecimento, vai entender um pouco mais sobre a nossa maratona, sobre o nosso propósito, sobre o que a gente quer desenvolver com essas crianças, sobre tudo que está por trás aqui da nossa intencionalidade, nessa parceria. E creio que a gente vai fazer um excelente hackathon que a gente vai encerrar essa semana com chave de ouro. Muito obrigada também. Obrigado.
28:27 Speaker: Valeu, Aline. Valeu, muito obrigado. E aquele finalzinho? Ah, é.
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